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                     Poesias  Etográficas

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

A ilusão da verdade

 

    O anseio mútuo torna o sonho possível! Desejos e quimeras são Fadas - podem transformar a singular solidão, na esperança plural de dois e, levá-los a ilusão real para se transfigurar em felicidade.   

     O sonho é combustível da ilusão e o sustentáculo da esperança... Oceano aonde navega a nau do Amor, a única ilusão eterna e universal. Os desencontros são esses mesmos desejos  esperançosos fracassados em cada um de nós!

     Os momentos de felicidades são os sonhos mantidos vivos pela força da Fé... A verdade é a simplória grande ilusão perpetuada no tempo. As quimeras vividas intensamente são as nossas únicas verdades possíveis... Os sonhos de Amor -  tudo movem no diapasão dos desejos mais profundos ou humanamente "eternos".

        "A Fé que remove montanhas!...” É constituída de gotículas de anseios fecundados no útero da esperança, para gerar os frutos mais doces: a ilusão e o Amor... Precisa acontecer com a intensidade da Fé absoluta, chave do portal a levar ao desejado oásis, onde poderemos encontrar ou descobrir dentro de nós mesmos, através do outro, no mais profundo da nossa essência - a sonhada Felicidade!  

     Um olhar, boa noite, um sorriso... Como é tão difícil tentar a Gente ser apenas Gente,  por demais complicado, neste deserto abrasador do nosso egoísmo coletivo e pessoal generalizado, em que se transformou essa chamada vida moderna. Eis os brilhantes mais preciosos escondidos nos recônditos oceanos.

     O sonho precisa ultrapassar... Ir muito além do infinito, porque aquém só existe o nada... Deve-se sonhar infinitamente, com as mais doces quimeras - aquarelas ou arco-íris... Matizes coloridas capazes de simplesmente  vivificar as ilusões que embevecem e enobrecem a Alma.                                                                                             
    
Nos momentos efêmeros podemos encontrar a tão sonhada eternidade...  São esses os elos a conectar almas... Elas depois de apaixonadas entregam os corpos aos delírios do Amor absoluto com aura de eternidade.

      O Amor é tão necessário quanto o ar que respiramos, Ele é a essência da real existência. Primeiro é o desejar movendo moléculas de ilusões, sendo orientadas e impulsionadas - pelas fatalidades chamadas esperanças... Alimentadas de desejos, ainda, não consumados.  

      Acreditar existir o impossível é uma grande loucura, igual a imaginar a factual probabilidade do fácil... O Amor é um jogo sutilíssimo, é preciso contornar ondas gigantescas usando patins, surfar sorrindo sobre pedras irregulares sem pranchas. Somente o desejo comum, a dois, pode, tantas vezes, ultrapassar obstáculos desta magnitude... Mas a natureza para perpetuar a vida - possui nuanças além da nossa imaginação.   

      Os anseios ornamentam as palavras e até o silêncio conspira - para perpetuação do Amor.  Presente maior possível do Criador à criatura.

     Precisamos permitir aos nossos desejos uma deliciosa oportunidade... Os sorrisos são as armas iniciais dessa  fusão de dois universos - numa só essência.   

      O após é mera consequência. A história da humanidade é escrita pelos dedos da oportunidade e pelas inspirações do acaso. Sem esses liames - restam: A saudade, a angústia e a solidão.

      O tempo só existe para ser esquecido... O passado é um fantasma que devemos exorcizar, o presente é a bússola do futuro, tem na esperança - o seu barco, mar e porto.        

         A ilusão é a mais sábia dos sentimentos, finge tudo apagar diluindo na esponja do tempo - as recordações do passado, hibernando ardentes saudades...  Que - parecem adormecidas, mas a eternidade mostra seus mistérios ao tatuar na alma: "eternos" momentos - jamais esquecidos.

     O Amor é como a rosa, eterno enquanto a seiva alimenta as pétalas; ou como a vela acesa enquanto o oxigênio mantém a chama; ou como as ondas que se arrebentam nos arrecifes das sutilezas não correspondidas.

      O Amor é uma conquista desesperada. Para a mulher é o anseio intrínseco de perpetuar a espécie; para o homem é o ilusório sonho angustiante, de se manter eternamente vivo.

      Afinal o Amor geneticamente seria somente isso... Se não fosse o deleite maior que o Criador embutiu na alma Humana... Um sonho de vida tentando se tornar embrião, em luta constante, tentando a perpetuação da espécie.

      Embora os cientistas sabiamente assegurem: ama-se com o cérebro... Todos os Poetas sabem, nem sempre ser assim e, desafiando a vã filosofia da sábia ciência... Preferem  amar com o Coração. 

      Sábia, mas efêmera! Ciência. Reveladora das inegáveis - Verdades,  hipóteses e Leis que, são revogadas e substituídas por outras que terão o mesmo destino. Essencialmente humana e ingênua... Quase - amarga! Quando tenta decifrar  o Amor.

      Enquanto a eterna ilusão é misteriosamente doce. Ilusoriamente mel... Intrinsecamente sábia... Sem hipóteses, nem Leis, a não ser as ditadas pelo Coração.

 

Edvaldo Feitosa
(Direitos autorais reservados)
*Fundação Biblioteca  Nacional  nº 180859*

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