Poema 5

 LÁGRIMAS DORIDAS

Mas, o pior ciclone previsto aconteceu
Ameaça destruir o nosso jardim incolor
Afinal foi ilusão ou sonho quem morreu
Não cremos mais, está enfermo o amor,
Temos ilusões e os sonhos ameaçados,
Inevitável desgaste, ferrugem do tempo
Folhas caídas como, outonos passados
Barco em alto mar levado em forte vento

E ilusões mortas não voltam nunca mais
Terrível é estar juntos, mas numa solidão
Sem um calor de amor em nosso coração
Esta é uma solidão, doída, a doer, demais
Saber desse amor nem restará a saudade,
São sonhos mortos, e ainda, desalmados,
Se pensamos seguir o mapa da felicidade,
Melhor esquecer-se os nossos, passados,

Mas nunca imaginamos nem ser possível,
E nem sufocar as lágrimas nas desilusões
No amor e paixão acontece o mais incrível
O difícil é controlar, anseios e as emoções,
Às vezes, a loucura é apenas uma fantasia,
Sonho ilusão de coração inseguro imaturo,
E assim nunca sabe qual será o seu futuro
Mas - nem parecia, que, a gente, não sabia,

Lágrima doloridas - choradas, pelo amor,
Dúvida atormenta, às vezes, e o que será,
E, dizem quem procura, algum dia achará
Até a diferença entre uma rosa e, uma flor,
Mas para quem não sabe se um dia amará
O amor até parece o difícil, jogo de xadrez
Em lúcidos momentos, de grande, lucidez
Pergunto-me “se o que tem que ser, será”

Edvaldo Feitosa
Raimundo Edvaldo Feitosa
(Direitos Autorais Reservados)
* Fundação Biblioteca Nacional - nº180859 *

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