CAIXA DE PANDORA  


Apenas uma menina mulher
É adulta, mas ainda menina
Não sabe bem... O que quer
Nos barzinhos... Ela fascina
Como uma fada - encantada
É o mais lindo - da natureza
Inteligência e a mais beleza
É a chama de luz iluminada

Este é o seu charme querida
Com seu andar... Displicente
Valores que, somam, na vida
E, desfilando, ingenuamente
Encanta, por todos, os meios
Inspirando, sempre quimeras
Almas... Ainda em primaveras
Despertam inúmeros anseios

As insinuações doces e letais
Seu belo romantismo, declina
A menina, não é mais, menina
Os passinhos são propositais
O seu lirismo, não é mais igual
E perdeu a pureza, da emoção
Enamorava qualquer - coração
Mas agora, não enamora, mais,

A menina agora é mulher, fatal
Como tantas outras, quaisquer
E se transformou, numa mulher
Não sabe separar o bem do mal
Sua alma perdeu, a ingenuidade
E o seu contato com a realidade
Levou para a trivial a leviandade
 De trocar o prazer pela felicidade.